
O que é ser mulher das gerações Y e Z, por Camila Rech
Para celebrar o Mês da Mulher, batemos um papo com seis influenciadoras de ATH com diferentes perfis e trajetórias para traçarmos um panorama do que é ser mulher no Brasil. Camila Rech, nossa entrevistada de hoje, representa muito bem as mulheres das novas gerações que estão transformando a sociedade - e todo mundo deveria ouvir (ops, ler) o que ela tem pra falar!
Gaúcha, engajada na luta pela igualdade de gênero e com um cabelão azul ma-ra-vi-lho-so. Camila Rech faz parte da nova geração de mulheres que questionam, reivindicam seus direitos, quebram paradigmas e não têm medo de se posicionar – em tempos como os de hoje, precisamos exatamente de pessoas assim, afinal. No bate-papo a seguir, a youtuber reflete sobre as gerações Y e Z, manda a real sobre o que espera para o futuro e muito mais. Confira!
Entrevista com Camila Rech
ATH: O que é ser mulher das gerações Y e Z hoje? O que elas esperam?
CR: Ser mulher das gerações Y e Z, na minha opinião, é poder acompanhar a evolução acentuada da luta pelos direitos femininos, a luta pela igualdade em todas as áreas da nossa vida e, também, acho que antes de tudo, a busca pelo respeito a nós, mulheres. Acredito que hoje somos mais seguras de si no momento de dizer não, e sabemos que esse é nosso direito!
ATH: Para você, que é porta-voz da geração Y, qual é o seu papel na transformação de uma sociedade ainda tão machista e conservadora?
CR: Considero que o meu papel seja empoderar as mulheres, ajudar elas a se aceitarem como são e terem a força ser quem quer que elas queiram ser. Por muito tempo ouvimos como deveríamos ser, o que deveríamos fazer, tudo baseado em uma sociedade supermachista e conservadora, mas isso vem mudando cada vez mais, e no que eu puder ajudar nessa mudança, estarei pronta para fazer!
ATH: Como mulher, o que não dá mais pra aceitar nos dias de hoje, Cami? O que não pode mais se repetir de jeito nenhum?
CR: Todo e qualquer tipo de assédio. Já passou da hora de todos entenderem que o problema não está no tamanho das nossas saias, mas sim no olhar e na mente de quem está vendo, julgando e assediando.

ATH: Você se identifica com a sua geração?
CR: Me identifico até certo ponto, mas se for parar e analisar mesmo, acho que me identifico mais com a geração Z, que vem com uma pegada mais social, mais preocupada com o meio ambiente, animais, formas de consumo.
ATH: Entre os vários altos e baixos que nós, mulheres, enfrentamos nos últimos anos, você sente que o cenário é de esperança para os próximos capítulos?
CR: Eu sinto, sim! Sinto que cada vez nos tornamos mais fortes, e que cada vez nossa voz está sendo mais ouvida. E acho que quanto mais mulheres se juntarem na causa, entenderem que não somos menos do que os homens, ocuparmos nosso papel na sociedade, cada vez nos tornaremos mais fortes e tenho esperança de que possamos diminuir consideravelmente os casos de assédio, estupro e violência contra a mulher.
ATH: Se o seu cabelo azul falasse, o que ele diria para as mulheres de todas as gerações?
CR: Tá me vendo aqui? Nessa cor que já disseram ser de “menino”? Pois então, estou aqui pra te provar que você pode ser o que quiser ser, e o melhor: ser plenamente feliz com isso. Não deixa ninguém te definir, te dizer como deve ser, o que deve usar – a única pessoa que pode decidir isso é você! E você é incrível, assim como eu.
(A gente assina embaixo, Camila Rech! <3)