Conheça o casal que usa o cabelo como forma de amor, cuidado e conexão
Veja a história da Grau e do Emanoel, o casal que encontrou nos cabelos o caminho para empreender e demonstrar afeto!
É inquestionável que cada casal tem seu jeito e suas particularidades, alguns gostam música, outros esporte e, no caso da Grau e do Emanoel, a ligação em comum é o cabelo.
Juntos há mais de 10 anos, o casal não só trabalha com cabelos e belezas naturais, como traz esse cuidado para dentro da relação como linguagem de amor.
Saiba mais sobre o casal de profissionais da beleza
Compartilhar a vida com alguém pode ser um desafio, mas não é impossível, principalmente quando duas pessoas se conhecem e dividem um propósito, como o casal nos conta abaixo:
Apresentando Grau e Emanoel
Empresária e jornalista, a carioca conhecida como Grau Beauty, trabalha como especialista em beleza há mais de dez anos, dedicando os cinco últimos para o nicho de noivas.
“Eu escolhi o setor de noivas para atuar de forma pessoal, porque o projeto família me agrada muito e a ideia de deixar mulheres ainda mais bonitas, realçadas para esse dia, para esse momento especial que é a construção da família, me deixa muito feliz.”
Ela explica como começou nesse universo. “Comecei trabalhando com moda fazendo parte da semana de moda do Rio e aos poucos começaram a me procurar. Passei a incrementar o que eu aprendia na moda, que era uma beleza mais leve, mais natural, no atendimento à noiva, que era um mercado que ainda estava em crescimento.”
Já o cabelereiro Emanoel Reis se entendeu em um mercado diferente, mas não muito distante “Sou empresário da área da beleza, não só como cabeleireiro e tendo um negócio de salão, […] empreendemos nessa área da beleza, sempre com ênfase em cabelos naturais, porque essa foi uma dor que a gente enxergava muito nos nossos e também sofremos com ela”, conta.
Ele completa: “Entendemos que existe um criador de todas as coisas e que se ele fez a gente com essa beleza, com essa estética, com essa textura de cabelo, não há nada de errado nisso. A gente pode valorizar ela, sim. Tem formas de deixar ainda mais lindo do que já é. Sou um grande incentivador disso, de entendermos que já é belo e deixarmos ainda mais.”
Como tudo começou
Há quem não acredite em amor à primeira vista, mas se esse fenômeno existe, é provável que seja semelhante ao que o Emanoel sentiu vendo a Grau pela primeira vez. “Parecia que tinha um holofote em cima dela, acompanhando. Achei incrível, me chamou atenção”.
“Nós nos conhecemos num evento de música cristã, uma balada gospel, digamos assim. Até onde eu sei, a Grau já tinha ouvido falar de mim por uma amiga dela, mas eu a vi pela primeira vez lá nesse evento”, conta Emanoel.
Foi graças aos amigos em comum que o primeiro contato aconteceu, como explica Grau. “O amigo dele falou comigo e pediu meu telefone, ele (Emanoel) não falou comigo, mas dei o telefone errado. Depois de uns dias ele me mandou mensagem no meu número certo e falou assim: “Ah, você me enganou, você deu o número errado para o meu amigo, mas a gente tinha uma amiga em comum e ela me passou no seu telefone”.
“Começamos a nos conhecer, vimos que tínhamos coisas em comum, como o trabalho. A Grau, quando eu a conheci, já era maquiadora, eu trabalhava com cabelo, então deu match, dava para fazer trabalho juntos”, conta Emanoel.
Foi justamente o que aconteceu! A princípio, os dois não começaram a namorar, perderam parte do contato, mas cerca de dois anos depois, uma proposta de trabalho fez com que eles se reconectassem.
“Eu contratei ele para fazer uma trança no meu cabelo, em seguida, a gente voltou a se conectar, conversar”, explica, Grau.
Como Emanoel estava em transição do segmento de tranças para cabelos naturais, para ser cabeleireiro geral, ali foi a oportunidade que ele teve de começar a treinar as coisas que estava aprendendo na Grau.
“Começou muito nisso, ele fazendo o meu cabelo por testes e experimentos do que estava aprendendo da profissão. Só que hoje a gente faz por treino, sim, mas é muito mais como alguma forma de afeto um com o outro, sabe? Uma forma de cuidado”, completa a empreendedora.
Dividindo a vida profissional e pessoal
Donos do Estúdio Glória há quatro anos, o casal fala um pouco mais sobre o trabalho com o enaltecimento da beleza natural.
Para Grau, a experiência individual com cabelos do casal e o carinho entre eles que é demonstrado no privado reflete muito no atendimento profissional. “A gente entende que hoje que o nosso serviço é reflexo do que a gente viveu ou da experiência que a gente teve ao longo da nossa jornada capilar”.
Antes de adotar ao cabelo curtinho, ela usou química nos fios por alguns anos, mas foi quando decidiu redescobrir a real textura do próprio cabelo que surgiu a reflexão de que existe uma beleza única em cada formato de fio.
“Essa perspectiva na minha mente se fortaleceu quando eu o conheci, que tinha o cabelo cacheado natural. Eu pensei: “Caraca, será que meu cabelo é parecido com o dele? Será que existe beleza aqui atrás que eu não estou vendo?”.
A jornada do Emanoel, apesar de diferente, também diz muito sobre o anseio pela liberdade capilar das pessoas. “Tive uma infância onde eu só via homens brancos, com cabelos lisos, poderem usar o cabelo grande. Os meninos que eram como eu, todos eram cabeça raspada, cabelo super curto.”
“Minha mãe, graças a Deus, sempre me incentivou, valorizou eu ter cabelo grande. Tive uma época de cabelo curtinho, mas por escolha própria e isso também é bem bonito de poder falar e de poder viver. Isso me fazia entender quem eu era, qual era o meu lugar na sociedade”, completa.
Para ambos, o trabalho que eles fazem hoje está relacionado a um processo de cura da autoestima de clientes que por muito tempo não foram ensinados a enxergar beleza em seus próprios cabelos.
Grau explica que essa “cura” é para “a autoestima do homem que, como o Emanoel falou, durante muito tempo usou o cabelo raspado porque era uma coisa meio que imposta. E para a mulher também, que durante um tempo foi levada a acreditar que para ser bem sucedida, para ser uma pessoa bonita, ela precisava fazer um tipo de procedimento de alisamento ou de mudança do fio”, finaliza.
Linguagem de amor traduzida nos cabelos
O conceito de linguagem de amor fala sobre como demonstramos nosso afeto as pessoas, cada indivíduo tem uma, e elas se complementam, como é o caso da Grau e do Emanoel.
“A minha linguagem de amor é tempo de qualidade, então, quando a gente está nesse momento dele cuidando do meu cabelo é quando nada importa, a gente está ali, cuidando um do outro”, explica.
Já Emanoel, vê nos atos de serviço com o cabelo a maneira de demonstrar afeto pela esposa. “Ela é tempo de qualidade, a minha linguagem é nos atos de serviço, eu acho que são coisas que se complementam! Enquanto os dois estão juntos, um está servindo o outro, isso também diz muito sobre o negócio que temos hoje”.
Sugestão de produtos Tudo pra Cabelo
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Serviço: O Estúdio Glória fica na Rua Babilônia, 18, Casa amarela. Tijuca – RJ.
