Gabi Vasconcellos conta tudo sobre como foi passar pela transição capilar
Em entrevista emocionante a vlogger Gabi Vasconcellos contou sobre como foi passar por todo o processo de transição capilar. Confira!
Uma das embaixadoras de All Things Hair, a vlogger Gabi Vasconcellos fala nos seus vídeos sobre bastante coisa interessante. Ela transita muito bem sobre looks, moda, maquiagem e cabelos. Mas, trata principalmente de autoestima e sobre a importância de sentir-se bem consigo mesma, sejam quais forem as possibilidades. E foi assim que ela descobriu que tudo é possível, inclusive se amar bem do jeitinho que a gente é!
Ela conversou com a gente sobre o longo e árduo processo de transição capilar que passou e como ele mudou a vida para melhor. Confira!
Veja tudo o que já saiu sobre transição capilar em All Things Hair.
ATH entrevista Gabi Vasconcellos
All Things Hair: Como foi o seu processo de aprender a amar e admirar o seu próprio cabelo?
Gabi Vasconcellos: Foi na realidade um estalo, após começar a questionar como eu poderia “me aceitar” se eu não aceitava o meu cabelo. Nessa época, meados de 2014, já havia o começo de um movimento de aceitação, com muitas meninas entrando em transição capilar. Passei a ver cacheadas nas ruas, algo que antes eu quase não via. Descobri grupos nas redes sociais e canais do Youtube sobre transição e cachos, e aí parei para pensar que talvez meu cabelo é sim bonito, eu é que não sabia cuidar.
ATH: Qual foi o seu histórico de problemas na aceitação dos cabelos cacheados?
Gabi Vasconcellos: Desde pequena, por volta de 8 anos. Muito mais do que algo externo, era interno. Eu só achava bonito cabelo liso. Todas as minhas referências de beleza eram cabelo liso, então eu me sentia diferente de uma maneira feia. Nessa época, minha família e amigos já me diziam que meu cabelo era lindo, mas eu não via. Achava que era mentira deles. Sempre rejeitei muito meu cabelo, não tinha paciência e informação de como cuidar, na verdade. Como todo mundo a minha volta tinha cabelo liso, seja natural ou com química, e as dicas nas revistas e na TV de “como ter um cabelo bonito” eram todas para cabelo liso, eu seguia aqueles cuidados, tentando fazer do meu cabelo algo que ele não é. Quer dizer, nunca daria certo!
ATH: Quais eram os piores erros que você cometia quando não tinha informações sobre como cuidar dos cachos
Gabi Vasconcellos: Nossa, muitos! De pentear o cabelo cacheado seco, a prender molhado, lavar mais de uma vez por dia (e a raiz não secava), etc. Na finalização, aplicava o creme de pentear só na raiz, esticando bastante para deixá-la lisa. Nada no comprimento. Ou seja, o cabelo ficava com a raiz colada na cabeça e os cachos disformes.
ATH: Desde muito cedo você alisava os fios, até que, aos 15 anos, teve a autorização da sua mãe para fazer o alisamento definitivo. Como foi toda essa experiência?
Gabi Vasconcellos: Aplicar química no cabelo desde cedo era um momento de alegria extrema e muito sofrimento ao mesmo tempo. É um processo penoso. São muitas horas, com produtos extremamente fortes, principalmente para uma criança. Eu me achava bonita com o resultado, mas ele era temporário. Quando consegui convencer minha mãe a fazer o definitivo, achei que tudo mudaria, mas logo as pontas espigaram e o cabelo ficou fraco e quebradiço. Eu não gostava dele natural e nem com química. Achava que nunca teria um cabelo bonito.
ATH: Você sofreu bullying por causa do seu cabelo? Qual história mais marcante?
Gabi Vasconcellos: Sofri, acho que toda cacheada ou crespa sofreu, não tem como. É fora do padrão, é motivo para bullying. Me chamavam de “leão” e nas chamadas, na aula, quando a professora falava meu nome, cantavam “leãozinho”, do Caetano Veloso. Eu tremia e chorava antes da chamada. Foi muito traumático, mas hoje eu amo essa música. E ser chamada de leão não me ofende mais.
ATH: E como foi a decisão de fazer a transição capilar? Quais foram os momentos mais complicados?
Gabi Vasconcellos: Decidi em um determinado momento em que me vi exausta de fazer o retoque do alisamento. Os momentos mais complicados foram lidar com as duas texturas. Eu fazia chapinha: era 1 hora fazendo 3 vezes por semana, no calor do Rio de Janeiro! E, logo após o big chop, em que minha autoestima ficou abalada pelo cabelo super curto e natural.
ATH: Quais as coisas que você acha que deveriam ser comentadas sobre transição capilar mas que raramente são?
Gabi Vasconcellos: Principalmente que não é uma moda, mas sim uma mudança interna. E que essa é uma decisão exclusivamente da pessoa. Muitas meninas desistem por falta de apoio, principalmente de seus companheiros. Isso me doi muito.
ATH: O big chop foi um grande desafio?
Gabi Vasconcellos: Foi, mas foi gratificante. Eu tive a facilidade de achar o cabelo curtinho bonito, não tinha apego a comprimento de cabelo, então acho que foi um pouco mais fácil para mim do que para a maioria das meninas. Mas sempre é um desafio, é um corte muito radical.
ATH: Qual é o aprendizado que você tirou de toda essa experiência e que gostaria de compartilhar com outras mulheres que ainda passam ou já passaram pelo mesmo?
Gabi Vasconcellos: Que a transição sempre vale a pena quando a gente precisa se reencontrar. Hoje sei que meu cabelo é sim lindo e não preciso mais da aprovação de ninguém. Basta estar bem comigo mesma. E que não vale a pena se torturar para entrar na caixinha dos padrões estéticos. Nosso bem estar e felicidade vale muito mais.
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