
Entenda o que é e como funciona o permanente no cabelo
Técnica teve seu auge no Brasil nas décadas de 70 e 80 e atualmente é mais usada por mulheres de cabelo crespo para ganhar cachos definidos.
Quase todo mundo já viu fotos da família em que, principalmente as mulheres, aparecem com os fios cacheados e volumosos. Mas muitos, com certeza, não eram naturalmente assim e passaram pelo processo do permanente no cabelo.
Febre entre os anos 70 e 80, a técnica voltou a ser lembrada recentemente. Vem saber tudo sobre o que é permanente e como funciona o tratamento químico.
O que é permanente?
O permanente capilar funciona como uma técnica de cachear e ondular os cabelos de forma definitiva usando química e rolos de tamanhos diferentes, parecidos com biguidinhos. No procedimento, a estrutura do cabelo é modificada para ganhar os cachos.
O tratamento surgiu no comecinho do século, entre os anos 10 e 20, mas foi em 1930 que se popularizou. Nessa época, acredite, os cabelos eram modelados com bigudinhos (rolinhos de alumínio naquele tempo.
Hoje existem de vários materiais) e água a uma temperatura altíssima, com um aparelho elétrico específico para permanente no cabelo, que esquentava e fragilizava demais os fios.
Nos anos 40, a cliente tinha que ficar com o produto (já era o tioglicolato de amônia) no cabelo por 8h, dormir com a química. Mas, por sorte, essa regra durou pouco.
A partir daí, a técnica sofreu uma evolução química que passou a preservar, na medida do possível, os fios dos danos – os ativos utilizados no procedimento eram mais cosméticos, mais suaves, ainda que a base fosse a mesma, o tioglicolato de amônia, que muda a estrutura do fio e agride em grau elevado.
Como fazer permanente no cabelo
O permanente é feito aplicando o produto químico no cabelo, muitas vezes composto por tioglicolato de amônia. Então, o cabelo é enrolado em rolos, que podem ser mais finos, para cachos pequenos e mais grossos, para cachos abertos ou ondas, e esquentados para fixar o formato desejado.
“O processo evoluiu muito, principalmente o pós-permanente. Os produtos aplicados depois da química para recuperar o pH do cabelo e as máscaras para reconstruir a fibra e a cutícula, hoje, tratam e preservam muito mais os cabelos”, diz Daniela Ribeiro, do salão Tifs, de Belo Horizonte (MG).
Existem também alguns kits disponíveis no mercado para que o permanente capilar seja feito em casa. Entretanto, nós sempre recomendamos que você procure um profissional de confiança para fazer a técnica do jeito certo e não danificar os seus fios.
Assim, você garante que o permanente será feito com toda a segurança e com um bom resultado.
Tipos de permanente
Além do permanente tradicional que a gente já falou, feito no salão com o tioglicolato de amônia, ainda existem outros:
Quanto tempo dura o permanente capilar?
O permanente capilar pode durar entre três e seis meses. A durabilidade vai depender dos produtos que você usou, se existe outro tipo de química no cabelo e também dos seus cuidados com os fios.
Qual a diferença entre permanente e permanente afro?
O permanente tradicional é feito normalmente em cabelos lisos, ondulados e cacheados que querem mais definição. Já o permanente afro é feito com uma técnica e produtos específicos para esse tipo de cabelo, que são mais sensíveis.
Permanente afro faz mais sucesso hoje
Sim, parece incoerente, mas não é. O permanente afro é muito buscado por mulheres de cabelos crespos que querem ter os cachos mais definidos.
“Os salões com expertise em beleza afro são praticamente os únicos que oferecem a técnica, mesmo assim em pequena escala. O objetivo é alongar e alinhar os cachos muito apertadinhos dos fios étnicos”, conta Dani Ribeiro.
Ela diz que continua sendo feito com tioglicolato de amônia, mas que os fios afros recebem um tratamento especial, principalmente por se tratar de um cabelo mais sensível.
Sai o permanente de cabelo, entra o modelador
Ondas e cachos passaram a ser construídos com produtos de styling, porque a brasileira, por conta do calor e do clima úmido, tem um fio jeitoso para o efeito ondulado natural, colocando em desuso o permanente.
“Hoje a indústria tem produtos excelentes para esse resultado temporário, fáceis de usar. Qualquer um pode estilizar os fios para uma ocasião específica. E isso ainda preserva a saúde do cabelo. Resumindo, é a era dos cabelos naturais e bem cuidados; aliás, a beleza está no bem cuidado”, destaca Dani. “Outra maneira de enrolar e dar movimento aos fios são os cortes, que deixam os cabelos com uma onda natural e mais leves nas pontas”, diz.
Cabelo com permanente era febre no Brasil
A cabeleireira conta que nos anos 1970, várias mulheres que tinham o cabelo liso e fino faziam permanente. “Muitas delas queriam só ganhar o volume e facilitar a produção em casa – bastava envolver os fios com bigudinhos, que o cabelo já pegava a forma enrolada. Mas como os bigudinhos dessa época eram muito pequenos e fininhos, o cabelo ficava muito frisado, marcado”.
Nessa época era inadmissível um cabelo liso e chapado (como se tornou tendência no começo dos anos 2000). “Até poderia ser liso, mas precisava ser armado, ter volume. Portanto, o permanente era a técnica perfeita para conseguir esse efeito. Muitos cabelos nem aguentavam os danos da química, mas todo mundo fazia”, relata Dani Ribeiro.
A partir da década de 90, o cabelo desejado era o ondulado natural. E, justamente nessa fase, o permanente sai de cena e se torna praticamente extinto dos salões.
Entretanto, recentemente, por conta de cortes como o shaggy, o permanente voltou a dar as caras, principalmente fora do Brasil. Será que essa moda volta?
Sugestão de produtos
Cabelos com permanente, são cabelos com química. Por isso, é essencial usar produtos específicos para esse tipo de fio, a fim de recuperá-lo.
Sugerimos a linha Nexxus Keraphix, que tem shampoo, condicionador e máscara de tratamento que ajudam a repor a massa perdida pelo cabelo.
(Artigo publicado originalmente em MeuCrespo.com.br)