Síndrome de Rapunzel: o transtorno de quem come os próprios cabelos
Entenda mais sobre o transtorno que é consequência da tricotilomania, ato de arrancar os próprios cabelos compulsivamente.
A Síndrome de Rapunzel, também conhecida como tricofagia, é uma consequência de outro transtorno compulsivo que envolve os cabelos. Aqui no All Things Hair, nós chegamos a falar sobre a tricotilomania, uma compulsão que causa a perda de cabelos e está ligada a distúrbios psicológicos.
Pessoas diagnosticadas com esse transtorno começam a arrancar os fios, um a um, sem controle ou explicação. O hábito, quando se torna frequente e repetitivo, pode causar machucados, falhas e até mesmo a calvície de algumas partes do couro cabeludo. A tricofagia entra em cena quando os fios, em vez de serem descartados, são ingeridos pela própria pessoa que os arrancou.
De acordo com um estudo do Instituto de Psiquiatria do Hospital de Massachusetts, publicado na Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos, 14 pacientes com tricotilomania, de um total de 68, ingeriam os fios arrancados compulsivamente. Nestes casos, a gravidade do transtorno compulsivo primário era muito mais grave.
Sinais de alerta
Os rituais associados à Síndrome de Rapunzel costumam ser os mesmos. Os fios arrancados podem ser mordidos, mastigados, movimentados dentro da boca com a língua e, por fim, engolidos. Este último é o mais danoso de todos os rituais, podendo levar o paciente a um estado de emergência. Isso porque os fios engolidos podem se transformar em um tricobezoar, que nada mais é do que um grande emaranhado de fios, como aquelas bolas de pelo que os gatos costumam cuspir.
Essa bola de cabelos não é facilmente expelida pelos humanos, muito pelo contrário. O tricobezoar pode prejudicar o sistema digestivo, bloqueando o funcionamento do intestino delgado e a absorção de nutrientes, agravando o quadro de anemia. As consequências do acúmulo de cabelos no organismo podem ser fatais caso o tricobezoar não seja identificado a tempo, antes do bloqueio do intestino.
Existe cura?
Consciente ou não, o hábito de arrancar e comer os próprios cabelos tem fundo emocional. Da mesma forma que a tricotilomania, a Síndrome de Rapunzel tem gatilhos em situações de estresse e ansiedade, já que se trata de um transtorno compulsivo. Pessoas com depressão, ansiedade ou algum outro tipo de compulsão podem acabar desenvolvendo a tricofagia, principalmente se estiverem passando por um momento muito difícil.
Arrancar os cabelos causa alívio e prazer em quem tem o transtorno. Mas não é fácil se abrir e expor a situação completa a amigos e familiares; os diagnosticados costumam fazer isso às escondidas, sem admitir o problema por vergonha ou medo de julgamentos. Por isso, além de procurar um dermatologista para analisar as falhas capilares é preciso buscar a orientação de um psicólogo ou psiquiatra, no caso de uma intervenção com medicamentos.
Não existe uma fórmula precisa e única para a cura da compulsão, como afirmam os especialistas. Em casos mais graves de tricotilomania, com a ingestão de cabelos, é necessário começar um acompanhamento terapêutico, de forma que o paciente consiga reconhecer gatilhos e situações para iniciar o gesto compulsivo e possa agir de forma diferente, quebrando o ciclo do transtorno.
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