Calvície aos 23 anos: Eduardo Correia conta como lidou com o problema | All Things Hair BR
homem careca com óculos

#AmoMeuCabelo: “ficar careca afetou minha autoestima, achei outras formas de encontrá-la”

Eduardo Correia, de 28 anos, conta como foi perder os cabelos e redescobrir a autoestima como drag queen.

“Quando criança, eu tinha o cabelo bem cacheadinho. Chegando na adolescência, ele começou a ficar muito grosso e eu não gostava disso. Então, com 16 anos, resolvi deixar meu cabelo crescer para fazer um corte undercut. Porém, para isso, eu precisei alisar muito o cabelo e isso acabou colaborando com a minha calvície.

Comecei com guanidina, passei para a escova progressiva e isso danificou demais meu cabelo, mas ele ainda estava grande. Só que, mesmo alisando, meu cabelo não ficava sempre liso. Era sempre um processo de acordar 1h30 mais cedo, alisar na chapinha e colocar laquê. Então, com 23 anos, cansado do trabalho que dava arrumá-lo todo dia para sair de casa, eu resolvi raspar a cabeça na máquina zero. Foi quando eu notei que meu cabelo raspado estava bem ralo e ele nunca mais cresceu mais do que 2 cm.

Remédio para calvície a vida toda? Não!

Comecei a ter calvície e entradas. Cheguei a tomar Finasterida e Minoxidil por cerca de oito meses no ano passado. Isso fez com que os “buracos” fossem fechando, mas não resolveu completamente o problema da calvície e nem de crescimento. Como é um remédio que basicamente você precisa tomar por toda a vida, resolvi parar.

homem careca com óculos preto de grau
Foto: arquivo pessoal

O processo de aceitação da calvície para mim não foi muito difícil, não, porque, na verdade, veio de um processo de aceitar que eu nunca teria aqueles cabelões esvoaçantes que eu queria ter. Já me incomodou mais, principalmente porque meus pais sempre tocam nessa tecla, com comentários do tipo: “seu pai não é careca, por que você está ficando?”. Mas hoje em dia eu já aceitei.

Inclusive, quando raspei no estilo militar, eu descobri que o corte funciona bem com a estrutura do meu rosto, então segui assim. Perder os cabelos afetou um pouco a minha autoestima, porém achei outras formas de encontrá-la, mesmo na perda de cabelo.

homem careca com capuz e óculos de grau
Foto: arquivo pessoal

O descobrimento como drag queen

Em 2014, um ex-namorado meu me apresentou um seriado chamado RuPaul’s Drag Race, que é um reality show de competição entre drag queens. Foi amor à primeira vista. Eu me apaixonei pelo processo de transformação que o reality mostra. Nesse mesmo período rolou um boom na cena drag de São Paulo e eu decidi que também queria ser uma, mas que precisaria estar perfeita – porque já que tinha tanta gente boa e nova aparecendo, eu não queria fazer feio.

drag queen luna loira
Foto: arquivo pessoal

Esse sonho ficou adormecido por quase quatro anos quando, em 2018, numa festa de Halloween, decidi me montar pela primeira vez. Paguei um amigo para me maquiar, montei um look improvisado, comprei uma bota e uma peruca e lá fui. Essa brincadeira acabou virando uma terapia e eu trago a Luna à vida com bastante frequência agora.

É bastante louco me ver de repente com cabelão. Eu costumo brincar que a Luna, na verdade, sou eu on steroids (exagerado).

Quando estou montada é o momento em que eu posso brincar com as estéticas (principalmente no cabelo) que a calvície não me permite brincar quando estou de mim mesmo”.

drag queen luna de vestido vermelho
Foto: arquivo pessoal

Estar in drag é uma experiência libertadora. A gente que é LGBT passa a vida toda sendo reprimido nessa masculinidade compulsória e isso deforma muito a nossa forma de viver e ver o mundo. Fazer drag é o momento onde você rompe essa barreira de performance de gênero. Ser drag não é sobre ‘emular’ uma mulher, mas é o momento onde você pode ser o que você quiser.

A Luna ajuda muito o Eduardo a se sentir poderoso, belo e válido, tanto quanto qualquer outra pessoa”.

Cuidados com a cabeça e a peruca

Como tenho a cabeça raspada, uso só shampoo mesmo nos cuidados diários. Já as perucas, costumo lavar com shampoo para limpar, tirar os resíduos de spray etc. E depois deixo de molho no amaciante (de roupas mesmo), para deixá-las mais macias. Confesso que não sou muito bom com perucaria, mas estou aprendendo”.

drag queen luna com cabelos longos castanhos claros
Foto: arquivo pessoal

Sugestão de produtos

Se você está enfrentando problemas no couro cabeludo como a calvície, invista em shampoos que tratem a região. A gente indica o Shampoo Clear Men Sports Limpeza Profunda e o Shampoo Clear Anticaspa Queda Control.

Shampoo Anticaspa Clear Sports Men
Shampoo Clear Men Queda Control

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