Alopecia feminina: saiba o que é, as causas e como tratar
Queda dos fios e falha no cabelo podem ser sintomas da alopecia feminina, também conhecida como alopecia androgenética. Entenda como identificar os sinais e quais são os possíveis tratamentos para calvície em mulheres.
Vamos falar de alopecia feminina? O tema gera muitas dúvidas e Tudo Pra Cabelo fez o guia completo para responder às principais questões. Continue lendo para descobrir o que é, quais são as principais causas, os primeiros sinais e os diferentes tipos de calvície feminina, que no caso da alopecia areata, afeta metade das mulheres acima dos 50 anos!
Explicamos ainda como a alopecia feminina é diagnosticada e quais são os melhores tratamentos – além de trazer fotos de antes e depois e algumas dicas de como evitar essa causa de queda de cabelo em mulheres. Vamos lá?
- Quais são as principais causas da alopecia feminina?
- Quais são os sinais da alopecia feminina?
- Como é feito o diagnóstico de alopecia feminina?
- Quais são os tratamentos para calvície feminina?
- Antes e depois da alopecia feminina
- O que fazer para prevenir a queda de cabelo?
- Como disfarçar as falhas no cabelo?
O que é alopecia feminina?
A alopecia feminina é o nome da condição que causa a calvície feminina. Além da queda de cabelo acima do normal, também pode deixar os fios mais ralos e finos, podendo até perder a cor. Consultamos o dermatologista Daniel Cassiano e o médico e tricologista Ademir C. Leite Jr. para entender as principais características dessa doença do couro cabeludo:
“Alopecia androgenética, ou calvície, é uma forma de queda de cabelos geneticamente determinada. É relativamente frequente na população. Homens e mulheres podem ser acometidos pelo problema, que apesar de se iniciar na adolescência, só é aparente após algum tempo, por volta dos 40 ou 50 anos.” afirma o Dr. Daniel.
O médico reforça ainda que “a doença se desenvolve desde a adolescência, quando o estímulo hormonal aparece e faz com que, em cada ciclo do cabelo, os fios venham progressivamente mais finos”.
Já o Dr. Ademir explica que “alopecia é qualquer perda capilar ou a diminuição quantitativa ou qualitativa de cabelo ou cobertura capilar – seja no couro cabeludo ou qualquer outra área do corpo.”
É um problema muito comum:
- A alopecia feminina é uma condição crônica e não tem cura;
- No caso da alopecia areata, 60% das pessoas têm o primeiro episódio antes dos 20 anos e a condição afeta de 0,5% a 2% da população geral;
- São mais de 2 milhões de casos no Brasil e cerca de 1% da população terá sinais e sintomas em algum momento da vida;
- Existem várias formas de tratamento disponíveis.
Quais são as principais causas da alopecia feminina?
As causas da alopecia são variadas, “mas alguns fatores podem piorar o problema como, por exemplo, a menopausa e o uso de suplementação de hormônios masculinos”, explica o Dr. Daniel Cassiano.
O tricologista Ademir C. Leite Jr reforça que a alopecia em mulheres pode ser causada por “fatores hormonais ou patológicos, estresse, dietas, uso de medicamentos, no pós-parto, depois de cirurgias, ou até por maus hábitos” – explica.
Listamos aqui as 7 principais causas da alopecia feminina, mas lembre-se: só um especialista pode realmente dizer qual é o seu problema e o tratamento mais adequado ao seu caso de queda de cabelo feminino.
1. Alterações hormonais
As alterações hormonais são a maior causa de alopecia feminina e podem ter diversos motivos. Ela é, por exemplo, um dos sintomas do hipotireoidismo e hipertireoidismo, tipos de disfunções da tireoide.
Outro problema hormonal é o excesso de testosterona, que pode causar calvície feminina. Nesse tipo de queda, denominado queda hereditária, acontece o afinamento progressivo dos fios, que aos poucos se desprendem do couro cabeludo. Pior: há um atrofiamento dos bulbos capilares e os fios não nascem mais.
Uma característica desse tipo de queda também é que, nas mulheres, a ausência de fios está localizada principalmente no topo da cabeça.
2. Excesso de química
Apesar de a alopécia androgenética estar relacionada à genética da pessoas, o excesso de química com o uso exagerado de tintura e outros procedimentos, como alisamentos e permanentes, deixa os fios fragilizados.
Por isso, além de tomar cuidado com a frequência que você faz esses tratamentos, não deixe de hidratar os cabelos profundamente toda semana para evitar que os fios se quebrem ou caiam.
Também é importante respeitar o tipo de química que já existe no seu cabelo antes de se aventurar em um novo procedimento.
3. Estresse emocional
Momentos de estresse contínuo aumentam no organismo as taxas de cortisol, hormônio produzido pelas glândulas suprarrenais, que prejudicam a fixação dos fios no couro cabeludo. Resultado: fios mais propensos a cair. Melhor relaxar!
4. Má alimentação
Nada de fazer dietas restritivas demais! A má alimentação, pobre em proteína, ferro e zinco influencia no desenvolvimento dos fios (ou melhor, na falta dele) e pode causar a alopecia feminina.
5. Gravidez
A queda de cabelo na gravidez costuma ser perceptível após o terceiro mês, quando a gestante pode perceber que até 200 fios caem por dia. Nesse caso, a queda de cabelo é comum e não há o que fazer, pois, em geral, o ciclo de crescimento do fio volta ao normal após o término da gestação. É só esperar.
6. Remédios
Começou a tomar um remédio novo e percebeu que a quantidade de fios no travesseiro aumentou? Então saiba que muitos medicamentos podem provocar a queda do cabelo.
É o caso de antidepressivos, remédios para emagrecimento e tratamentos para a acne. Se estiver tomando algum desses, melhor avisar o seu médico.
7. Cabelo preso muito apertado
Já ouviu falar em alopecia por tração? O termo nada mais é do que a queda dos fios causada por tração, uma força que, literalmente, puxa os fios.
As causas podem estar relacionadas a penteados como rabo de cavalo muito presos, tranças rente ao couro cabeludo e até o costume de puxar os fios forte demais na hora de fazer a escova. Ou seja: pegue na leve na força e evite maltratar os seus fios.
Veja também: Saiba o que é e como tratar a queda de cabelo pós covid-19
Quais são os sinais da alopecia feminina?
Você deve estar se perguntando: como saber se tenho alopecia feminina? Só um médico pode diagnosticar a alopecia androgênica, mas vale prestar atenção em alguns sinais que você pode observar por conta própria. A queda de cabelo anormal é o principal sinal, mas existem outros sintomas que vão te ajudar a identificar quando suspeitar de alopecia:
- Falhas visíveis no couro cabeludo;
- Percepção de fios mais finos, ralos e frágeis;
- Cabelo gradualmente menos volumoso;
- Risca do couro cabeludo visivelmente mais larga.
Como é feito o diagnóstico de alopecia androgênica?
No consultório, conte detalhes de como começou o problema e qualquer histórico familiar de calvície ao especialista.
“O diagnóstico é clínico, ou seja, a história e o exame dermatológico com tricoscopia são suficientes para fechar o diagnóstico. A queixa mais frequente na alopecia androgenética é a de afinamento dos fios. Os cabelos ficam ralos e, progressivamente, o couro cabeludo mais aberto”, indica o profissional
Qual o exame para saber se tenho alopecia feminina?
É possível diagnosticar a alopecia feminina sem exames, mas o médico pode pedir exames complementares para o diagnóstico, como o de sangue para checar a parte hormonal. Também poderá ser feita a análise do metabolismo de acordo com as reservas de ferro, zinco, cobre e vitaminas.
“Em casos onde há dúvida, o médico dermatologista pode solicitar biópsia do couro cabeludo ou outro exame denominado tricograma que ajudam a confirmar o diagnóstico clínico”, finaliza o Dr. Cassiano.
Quais são os tipos de alopecia feminina?
Existem alguns tipos de alopecia em mulheres, confira os principais e as características de cada um deles – de acordo com o médico e tricologista Dr. Ademir C. Leite Jr.
Alopecia androgenética
Causada por fatores genéticos – como o próprio nome indica, a alopecia androgenética – afeta uma boa parte da população. De acordo com o tricologista consultado, esse tipo de alopecia afeta “25% das mulheres antes da menopausa”, sendo que essa porcentagem “aumenta após a menopausa”.
As principais características são o rareamento e afinamento dos fios, diminuindo gradualmente o volume dos cabelos – o que “fica visível num rabo de cavalo cada vez menos volumoso”, por exemplo.
Alopecia areata
É uma alopecia feminina de natureza “inflamatória, com um elemento autoimune”. Nesse caso, a queda de cabelo se caracteriza por placas de alopecia arredondadas, de maior ou menor tamanho”, podendo até pegar “o couro cabeludo como um todo”, mas existe uma possibilidade de “recuperação capilar” – afirma o especialista.
Na alopecia areata, a queda de cabelo acontece rapidamente, “em poucas semanas”, além de “poder ser resistente ao tratamento e um pouco mais complexa de tratar”, com possibilidade de “remissão espontânea”- reforça o médico.
Alopecia fibrosante frontal
O Dr. Ademir explica que a alopecia fibrosante frontal também tem um fator “autoimune”, e apresenta um quadro “mais destrutivo”, ou seja “destrói o folículo, principalmente na frente do cabelo – de uma orelha à outra, passando pela testa.”
Essa alopecia apresenta “extensões maiores ou menores, invadindo de frente para trás”. O médica explica ainda que essa alopecia “também acomete as sobrancelhas, igualmente de forma bastante destrutiva.”
Alopecia senil
A alopecia senil é aquela que já se consegue prever com o passar do tempo, como consequência natural do envelhecimento. O especialista explica que “todo mundo tem perda de folículos ao longo da vida, isso já é pré-determinado.”
Ele afirma ainda que esse tipo de alopecia “consiste na morte de alguns folículos pelo tempo cronológico”, mas não podemos confundir com a alopecia pós-menopausa, por exemplo, que também tem um fator etário, mas tem mais semelhanças “com a alopecia androgenética” – explica.
Quais são os tratamentos para calvície feminina?
Os tratamentos para calvície feminina vão variar de acordo com cada caso. Segundo Dr. Daniel, podem ser feitos tratamentos baseados em estimulantes do crescimento com minoxidil e em bloqueadores hormonais, com finasterida ou dutasterida.
Entretanto esses tratamentos não recuperam os cabelos perdidos e não ajudam muito a fazer o cabelo voltar a crescer normalmente.
“O objetivo do tratamento clínico é estacionar o processo, mas não recupera muito os fios já perdidos. Para uma melhora mais substancial do volume dos fios, há hoje em dia tratamentos complementares como a MMP capilar, que da mesma forma que estimula os folículos microagulhando o couro cabeludo, consegue entregar as medicações na profundidade da pele. Nos casos mais extensos, um transplante capilar pode melhorar o aspecto estético”, conta.
Dica: consulte o localizador da Sociedade Brasileira de Dermatogia para encontrar um especialista capacitado – que vai te ajudar a selecionar o melhor tratamento para o seu caso de alopecia feminina.
Antes e depois da alopecia feminina
O cabelo pode não voltar a ser como era antes, mas fazendo os tratamentos certos e com um profissional de confiança é possível amenizar a calvície feminina. Veja fotos de antes e depois.
O que fazer para prevenir a alopecia feminina?
No dia a dia, você pode evitar a queda de cabelo não lavando o cabelo com água quente, por exemplo, já que esse hábito pode estimular o aparecimento de seborreia entre outras irritações.
Outra dica para prevenir é usar produtos que cuidem do couro cabeludo. O Shampoo Clear Derma Solutions Antiqueda e o Condicionador Clear Derma Solutions Antiqueda ajudam a fortalecer os fios e a combater a queda.
Para um tratamento completo, use também o Tônico Capilar Clear Derma Solutions Antiqueda.
Aliás, massagear a região do couro cabeludo também é importante para ativar a circulação da área e fazer com que os produtos penetrem de forma mais eficiente.
Manter uma alimentação saudável e hidratar o cabelo regularmente também são hábitos muito benéficos para ajudar a dar uma forcinha no crescimento do cabelo. Experimente a Máscara de Tratamento Nexxus Keraphix, que ajuda a repor a queratina perdida pelos fios.
Autoestima e como disfarçar a alopecia
A alopecia feminina pode deixar falhas no cabelo, o que afeta o visual e pode acabar impactando na autoestima da mulher. Para disfarçar o espaço sem os fios, você pode mudar a risca do cabelo e jogá-los para o lado em que está a falha
Outra dica é apostar em cortes que ajudem a disfarçar as áreas com menos cabelo, concentrando o volume na parte de cima da cabeça.
Para quem quiser e puder gastar com isso, considere um procedimento de transplante capilar como forma de tentar recuperar a autoestima. Mas, claro, consulte o sue médico de confiança antes.
Principais dúvidas sobre alopecia feminina
Saiba um pouco mais sobre a alopecia feminina e tire todas as suas dúvidas.
Alopecia feminina tem cura?
Não. Existem tratamentos que podem ser feitos para desacelerar o processo de perda de fios, mas não para fazer com que os cabelos cresçam novamente com o mesmo volume de antes.
Segundo Dr. Daniel, para casos mais extremos, pode ser considerado um transplante capilar.
Como é feito o exame de tricoscopia?
O exame de tricoscopia no couro cabeludo pode ser feito no consultório do dermatologista e consiste em um aparelho que é colocado no couro cabeludo para aumentar a visão da área, que pode ser aumentada em até 70 vezes.
Pense que é como se fosse um ultrassom, mas na cabeça. Com a imagem ampliada, o profissional consegue ver o folículo piloso dos fios e analisar a saúde do couro cabeludo e do cabelo de um forma que não seria possível a olho nu.
Qual melhor vitamina para evitar queda de cabelo?
As melhores vitaminas para evitar a queda de cabelo são as do complexo B, como B1, B3 e B7. Você pode encontrá-las em alimentos como carnes vermelhas, leite, ovos, cereais integrais, nozes e verduras.
Fontes consultadas:
- Dr. Daniel Cassiano – médico dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia;
- Dr. Ademir C. Leite Jr. – médico e tricologista. Membro e diretor da IAT (Internacional Association of Trichologists);
- Guia de doenças e sintomas do Hospital Israelita Albert Einstein;
- Sociedade Brasileira de Dermatologia.
